Amazon lança um robô pra chamar de seu
Aquela cena futurista, de um robozinho fazendo muitas coisas por você dentro de casa, já não é mais tão futurista assim. Ainda mais agora, com a chegada de um gigante na corrida robótica.
A Amazon ($AMZN) acaba de lançar o Astro. Mesmo nome do cachorro dos Jetsons, desenho animado da nossa época (redatora presume que você seja millennial). Qualquer semelhança não é mera coincidência - até porque o Astro dos Jetsons era meio estabanado, e desenvolvedores que testaram o Astro da Amazon reclamaram bastante, dizendo que ele é frágil, que às vezes bate no calcanhar das pessoas e que atrapalha um tanto a privacidade. Já vimos cenas parecidas na tv dos anos 1990…
Foto: Warner/Reprodução
Mas, diferente do cachorro do desenho, o puppet da Amazon ainda é um filhote e tem muito a ser melhorado. A empresa reconheceu que alguns sistemas ainda precisam de acurácia. A vantagem é que, sim, o Astro robótico tem todo o potencial para crescer como um grande cão de guarda adestrado, extremamente responsivo.
Foto: Amazon/Reprodução
Ele funciona com o serviço de voz da Amazon, a Alexa, que já tem solidez no mercado. Também é possível controlá-lo por um aplicativo.
O que o robô Astro faz?
Chamadas de vídeo, transporte de objetos, monitoramento da casa com câmera transmitindo tudo em tempo real, lembretes… nada que já não exista. O que ocorre é que ele reúne diversas funções em um cachorro só - ops, em um equipamento só.
Uma das coisas que mais impressionaram a gente aqui na Sprout foi que o Astro percebe quando está descarregando e corre até o suporte, conectado à tomada, estaciona e, pronto, tira sua soneca pra recarregar as energias.
Foto: Amazon/Reprodução
As vendas devem começar até o fim deste ano nos EUA e serão limitadas num primeiro momento.
Amazon e casas conectadas
O robô Astro posiciona a Amazon com força no mercado de casas conectadas - ou "casas inteligentes”.
É um setor que deve crescer de US$ 84 bilhões em 2021 para US$ 139 bilhões em 2026, de acordo com estudo da MarketsandMarkets.
É a chamada IoT, Internet of Things, internet das coisas, no bom português. A previsão é que, em 2022, 63 milhões de lares americanos já tenham várias “coisas" conectadas fazendo tudo pelos moradores, como mostra artigo da Times.
A reportagem é um tanto assustadora. Porque mostra que, em se tratando de internet das coisas, o limite é a criatividade, e não a tecnologia. Ligar as luzes com um comando de voz e geladeira que avisa quando o leite terminou já viraram notícia velha.
O que um robô faz numa casa inteligente?
A coisa está indo muito adiante. Só um exemplo: sensores de saúde, instalados em algum robô que circula pela sua casa - ou até mesmo no seu travesseiro, quem sabe?- vão detectar que você está ficando doente, pela alteração da sua temperatura corporal.
E aí, quando você acordar, um drone já vai ter deixado um remédio na porta da sua casa. Assustador? Sim, claro.
Nada vai ser feito sem o seu consentimento, obviamente. Tudo é configurável. Mas… você vai dizer "não" pra um robô que resolve seus problemas?
Talvez você diga não agora, em função do preço desses brinquedinhos. O Astro da Amazon vai custar US$ 1.449. Mas o primeiro celular, o Motorola Dynatec 8000x, custava quase US$ 4 mil. Então, daqui uns 5 anos, a gente volta a conversar.