Ordem a mercado x ordem limitada: entenda a diferença

Ordem a mercado e ordem limitada são diferentes e têm algumas particularidades. Mas você sabe qual é a diferença? Confira neste artigo
Wall Street

Neste artigo:

- O que é ordem a mercado;

- O que é ordem limitada;

- A diferença entre elas.


O investidor que se envolve com renda variável e a bolsa de valores de forma mais aprofundada já deve ter se deparado, em algum momento, com termos como "ordem a mercado" e "ordem limitada".

Mas você conhece a diferença entre esses dois formatos? Sabe como ambos funcionam e quando – e por que – são utilizados?

Continue com a gente no artigo para entender o funcionamento de ordens de mercado e ordens limitadas.

Ordem a mercado: o que é

A ordem a mercado é algo conhecido por todos os investidores, mesmo que, a princípio, o significado não seja absolutamente claro. A ordem a mercado é a compra ou venda de ativos na bolsa de valores pela quantia financeira em que os produtos em questão precificados no momento.

Vamos supor que você, investidor da Sproutfi, queira comprar uma fração da Apple ($AAPL). A quantia disponível é de US$ 50, o que é suficiente para adquirir uma parte do ativo – cotado, antes da abertura do mercado do dia 26 de outubro, a US$ 152,34.

Na ordem a mercado, a negociação será concretizada pelo valor do momento, ou seja, no exato momento em que a compra ou venda seja executada. Não é possível, por meio da ordem a mercado, estabelecer valores "ideais" de compra ou venda do ativo. A negociação é concluída pela quantia do momento, praticamente em tempo real.

Esta é uma das formas mais comuns de negociação de ativos nas bolsas de valores e é como acontece, por exemplo, no app da Sproutfi.

Vale lembrar que a negociação das ordens a mercado não vale apenas para ações. Esse formato também funciona para REITs e ETFs.

Ordem limitada: o que é

Diferentemente da ordem a mercado, a ordem limitada tem, como o próprio nome sugere, a possibilidade de estabelecer limites de valor para compra ou venda de ativos. No entanto, essa é uma operação um pouco mais complexa e que exige ferramentas específicas – alguns home brokers oferecem esta possibilidade, assim como alguns robôs traders.

O funcionamento da ordem limitada é o seguinte: o investidor consegue determinar um valor mínimo (ou, então, valor máximo) para que a negociação seja concretizada. É importante ressaltar que a ordem limitada pode trazer custos adicionais de corretagem em algumas plataformas.

Vamos explicar melhor por meio de exemplos. Antes da abertura do mercado do dia 26 de outubro, o ETF Invesco QQQ Trust Series 1 ($QQQ) era precificado a US$ 284,21. Por meio da ordem limitada, o investidor consegue "programar" um valor mínimo e valor máximo e estabelecer operações de compra e venda.

Com a ordem limitada para compra, o investidor pode determinar que o home broker efetue a operação quando o $QQQ chegue, por exemplo, a US$ 282. Caso o valor do ativo não chegue na quantia estabelecida, a negociação fica suspensa e não será executada. O mesmo vale para venda.

Normalmente as operações de ordens limitadas ficam em aberto por um período determinado de tempo.

Ordem de mercado x ordem limitada: as diferenças

As diferenças entre a ordem de mercado e a ordem limitada estão, basicamente, no valor da negociação e no momento em que a execução é feita. Enquanto a ordem de mercado é concluída praticamente de forma simultânea e com os valores de momento, a ordem limitada trabalha com valores mínimos e máximos estabelecidos.

O "modus operandi" dessas duas ordens ajudam a entender o perfil para quem se cada formato é considerado ideal.

A ordem de mercado, por ser o tipo mais comum e corriqueiro nas plataformas de negociação de renda variável, é perfeita para o investidor comum.

Já a ordem limitada é mais indicada para investidores que trabalham de forma mais "avançada". Como é possível estabelecer limites, esse formato é indicado para investidores que buscam swing trade, por exemplo.