Neste artigo:

- Por que é importante aplicar o "pague-se primeiro";

- Dicas para investir.

Para muitas pessoas, investir em ações e construir um portfólio financeiro é algo para pessoas milionárias, com muito dinheiro no banco, e que dominam o mercado de renda variável. Isso, no entanto, é um equívoco. Investir é algo para todos e não é necessário dispender rios de dinheiro para fazer aplicações. Uma boa estratégia é aplicar o conceito de "pague-se primeiro", conhecido também como "pay yourself first".

Mas o que é esse negócio de se pagar primeiro, esse "pay yourself first"? E por que isso é importante para quem quer investir?

O pague-se primeiro tem uma importância fundamental em uma palavra que, para muitos investidores como Ben Graham, Warren Buffett e Peter Lynch, fazem parte da estratégia: foco.

Veja mais sobre o "pay yourself first": 

'Pay yourserlf first': por que aplicar o pague-se primeiro

Quem nunca quis fazer algo com dinheiro, acabou deixando o objetivo em segundo plano e, quando julgou chegar a hora se viu sem dinheiro, que atire a primeira pedra. Situações como essa acontecem e são muito comuns. E é justamente para evitar este cenário que o conceito de pague-se primeiro surgiu.

O pague-se primeiro tem como premissa separar a quantia a ser investida no momento em que o salário cair na conta. Assim, não há risco de o montante ser utilizado para compras supérfluas ou itens que desviem o foco do investidor.

A partir daí, o investidor pode seguir a estratégia que achar melhor: focar em renda fixa, focar em ações, ETFs, REITs negociado em bolsa… existem diversas formas de investir – inclusive, há maneiras de automatizar o investimento por meio de robôs.

Dicas para aplicar o pague-se primeiro

É claro que, entre a teoria e a prática há uma grande distância. Mas existem algumas dicas que podem ajudar no processo de aplicação do "pay yourself first" no cotidiano. Confira:

1 - Tenha uma reserva de emergência

Parece lógico, mas muitas pessoas não conseguem cobrir uma emergência financeira quando ela surge. Dados do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, revelamm que em 2019 menos de 40% dos norte-americanos estava preparado para dispender US$ 400 em uma emergência eventual.

Ou seja: antes mesmo de começar a investir é importante ter uma segurança caso tudo dê errado. Recomenda-se que você guarde entre três a seis meses dos gastos para qualquer situação, embora esse valor varie de pessoa para pessoa.

2 - Estipule o valor do investimento

Fez a reserva de emergência? Ótimo! Agora é hora de investir dinheiro. Objetivos e ativos a compor a carteira vão variar muito de pessoa para pessoa. Mas, o importante aqui é: saber qual é o montante qu será separado para isso.

Fazer cálculos é importante para saber, exatamente, quanto você poderá aplicar na estratégia de investimentos sem passar perrengue com boletos.

3 - Priorize o ato de investir

Gastar um pouco mais em uma roupa que será pouco usada ou separar a quantia que poderá ser aplicada em um investimento? Comprar uma garrafa de vinho diferente ou investir? Essas perguntas, muitas vezes, podemm passar na cabeça do investidor. Mas o pague-se primeiro surge para evitar que elas nem mesmo apareçam.

O objetivo da aplicação do "pay yourself first" é fazer com que o investidor adote uma postura disciplinada. Caiu o salário na conta? Já separe a quantia previamente estipulada para o ato.

Sem distrações e sem desvios de rota.

*Este é um exemplo ilustrativo e não representa uma recomendação de investimento.