Berkshire Hathaway: conheça a história da empresa de Warren Buffett

A Berkshire Hathaway é a empresa controlada por Warren Buffett. Mas a história da companhia começa muito antes da presença do 'Oráculo de Omaha'. Saiba mais!
Wall Street

Neste artigo:

- Como a Berkshire Hathaway surgiu;

- O que a a Berkshire Hathaway faz e em que investe;

- Por que a Berkshire Hathaway não paga dividendos.


A Berkshire Hathaway ($BRK.A, $BRK.B) é comumente associada à figura de Warren Buffett, principal executivo da empresa e uma das figuras mais conhecidas no mundo dos investimentos.

Mas o "Oráculo de Omaha", como o bilionário é conhecido, não é a única pessoa importante na história da Berkshire Hathaway.

Conheça a história da companhia no artigo.

Como a Berkshire Hathaway surgiu

A história da Berkshire Hathaway começa em 1839 na cidade de Valley Falls, no Estado norte-americano de Rhode Island. Lá surgiu a Valley Falls Company, empresa do ramo têxtil fundada por Oliver Chace.

Alguns anos depois, outras companhias surgiram no ramo de confecções: Hathaway Manufacturing Company, concebida em 1888 em New Bedford, Estado de Massachusetts, e Berkshire Cotton Manufacturing Company, fundada em 1889 na cidade de Adams, Massachusetts.

Em 1929, aconteceu o primeiro passo para que a futura Berkshire Hathaway começasse a nascer: a fusão entre a Valley Falls Company com a Berkshire Cotton Manufacturing Company. Com a fusão, nascia a Berkshire Fine Spinning Associates.

Anos depois, em 1955, a Berkshire Fine Spinning Associates se fundiu com a Hathaway Manufacturing Company. No entanto, a companhia ainda não era o conglomerado de negócios que se tornaria futuramente e ainda não tinha a participação de Warren Buffett.

Warren Buffett e Berkshire Hathaway: juntos desde 1962

Quando se fala em Berkshire Hathaway, é muito difícil não associar a companhia à figura de Warren Buffett. Embora o empresário seja o controlador da companhia, ele não fundou a empresa nem esteve em contato antes da fusão entre a Berkshire Fine Spinning Associates e a Hathaway.

A história do executivo com a Berkshire Hathaway começa, mesmo, em 1962. Até então, Buffett havia trabalhado em outras companhias desde os anos 1950, como Buffett-Falk, Graham-Newman e Buffett Partnership.

Buffett já era investidor. Desde 1951, por exemplo, o empresário detinha ações de companhias como a Geico (Government Employees Insurance Company), uma seguradora. E foi comprando ações que a história de Warren Buffett e Berkshire Hathaway se unem.

O empresário começou a comprar ações da Berkshire Hathaway em 1962. Comprou tanto até que conseguiu o controle acionário da empresa em 1964. Até então, a companhia era comandada por Seabury Stanton – que foi demitido por Buffett.

A partir de 1967, a Berkshire Hathaway começou a expandir os negócios para além do ramo têxtil. Com a experiência de quem lidava com a Geico, Warren Buffett conduziu a Berkshire para o setor de seguros. E, a partir de 1970, a Berkshire Hathaway se tornou um conglomerado que passou a investir e controlar outras empresas.

O que a Berkshire Hathaway faz e em que investe

O principal negócio da Berkshire Hathaway na gestão Warren Buffett era investir em outras empresas. Atualmente, a companhia detém participações em Apple ($AAPL), Bank of America ($BAC), Chevron ($CVX), Coca-Cola ($KO), entre outras.

Além disso, a empresa de Buffett controla outras empresas, como subsidiárias. Uma delas é a própria Geico, que faz parte do portfólio da Berkshire Hathaway desde 1996. Outra é a Wesco Financial, empresa que era comandada por Charlie Munger, atual vice-presidente da Berkshire.

Por que a Berkshire Hathaway não paga dividendos

Uma das características da Berkshire Hathaway no mundo dos investimentos é o fato de a companhia não pagar dividendos.

A empresa de Warren Buffett não é a única que não paga dividendos – Tesla ($TSLA), Amazon ($AMZN), Google ($GOOGL, $GOOG), Meta ($META) também não costumam remunerar os acionistas – mas é a mais emblemática. Para se ter uma ideia, a Berkshire Hathaway deixou de pagar dividendos aos acionistas em 1967.

Em carta endereçada aos investidores em 2012, Buffett justificou o porquê de não remunerar os acionistas.

"Uma empresa lucrativa pode alocar seus ganhos de várias maneiras. A administração da empresa deve primeiro examinar as possibilidades de reinvestimento oferecidas pelo seu negócio atual – projetos para tornar-se mais eficiente, expandir territorialmente, estender e melhorar as linhas de produtos ou de outra forma ampliar a economia fosso que separa a empresa de seus concorrentes."

Ou seja: para o "Oráculo de Omaha", melhor do que premiar os investidores é reinvestir o lucro na própria empresa.