Saiba o que é investimento passivo

Neste artigo: - o que é investimento passivo; - como fazer investimento passivo; - prós e contras do investimento passivo; - investimento passivo x investimento ativo.
À primeira vista, o termo "investimento passivo" pode dar a impressão de que essa forma de investir trata-se, simplesmente, de terceirizar a administração do dinheiro para alguma empresa especializada e/ou algum corretor. Mas não é nada disso. O investimento passivo é uma forma de aplicar dinheiro focado em resultados a longo prazo. O objetivo é ter retornos semelhantes aos indicadores do mercado – S&P 500, Nasdaq Composite e até mesmo o Ibovespa, no caso do mercado brasileiro – com investimentos mais ou menos nos mesmos valores. O lema aqui é "devagar e sempre" Na prática, o investimento passivo é uma estratégia conhecida como "buy and hold". Ou seja: comprar ativos e retê-los, buscando minimizar as operações de compra e venda, frequentes em práticas como day trade. A ideia é, uma vez feito o aporte, mexer o mínimo possível.
Como fazer investimento passivo
O investimento passivo se caracteriza por, além da retenção dos ativos adquiridos, buscar um índice de referência na maioria das vezes. Por isso, os ETFs são a forma mais fácil de iniciar o investimento passivo. ETF significa "Exchange Traded Funds" – fundo negociado em bolsa. Basicamente, a negociação do ETF funciona da mesma maneira que uma ação tradicional. A diferença é que, investindo em ETF, você compra um ativo que "engloba" uma série de outros ativos. É uma forma interessante de diversificar a carteira. E há ETFs que replicam os principais índices das bolsas de valores dos Estados Unidos. SPDR S&P 500 ETF Trust ($SPY), iShares Core S&P 500 ETF ($IVV) e Vanguard S&P 500 ETF ($VOO) são três ETFs que replicam o S&P 500. Já o Invesco QQQ Trust Series 1 ($QQQ) e o Invesco NASDAQ 100 ETF ($QQQM) têm como objetivo replicar o Nasdaq 100.
Prós e contras do investimento passivo
O investimento passivo tem prós e contras, como quase tudo no mundo dos investimentos. A parte boa é que uma carteira montada com ETFs, como é o caso de boa parte das carteiras de investimento passivo, há boa diversificação do portfólio. Isso porque os ETFs são "pacotes" de ativos, em que, por meio de uma ação, você compra um ativo que engloba outros. Além disso, o investimento passivo tende a ter taxas mais baratas do que investimentos mais arrojados. Por outro lado, há pontos ruins. A limitação no investimento é uma delas, afinal, no caso de ETFs, não há muita "inovação". Além disso, o retorno em potencial costuma ser menor do que em outros formatos de investimento.
Investimento passivo x investimento ativo
Os prós e contras – sobretudo os contras – do investimento passivo se relacionam diretamente com outros formatos de investimento. Existem os chamados "semi-ativo" e "ativo". Enquanto o investimento passivo busca replicar o desempenho de um índice específico, buscando mexer o mínimo possível na composição da carteira, o semi-ativo tem uma abordagem um pouco mais "pensada". Isso significa que, no investimento semi-ativo, o valor aportado e os ativos adquiridos podem mudar, a depender do mês e das circunstâncias do mercado.
A diferença entre o investimento passivo e o investimento semi-ativo na prática pode ser explicada com o seguinte exemplo: utilizando-se o S&P 500 como índice base, o investidor passivo alocaria toda a carteira de ações em um ETF que replica o S&P 500, como o $SPY. Já o investidor semi-ativo destinaria cerca de 10% do portfólio para um setor específico do S&P 500 – o ETF Technology Select Sector SPDR Fund ($XLK), "braço" que replica as empresas de tecnologia do S&P 500 – e os outros 90% seguiriam alocados no $SPY. Vale lembrar: isso é um exemplo e não uma recomendação de investimento. Já no investimento ativo exige estudo e análise aprofundados. Normalmente, é feito por um investidor que tem experiência e que busca retornos maiores do que os índices do mercado. Normalmente, o investidor ativo vai buscar comprar empresas "individuais" em vez de ir em ETFs.