Kroger: como crescer sem abrir lojas
A Flórida estava nos planos da Kroger ($KR), uma rede de supermercados famosa no norte dos Estados Unidos, caracterizada por lojas relativamente pequenas, mas com tudo o que o americano precisa pro dia a dia em casa, a poucos metros da sua casa.
Mas quem domina a região mais “quente" dos EUA é a concorrente Publix. Até agora... a Kroger avança de forma agressiva no sul dos EUA. E sem nenhuma loja.
Compras virtuais e robôs da Kroger
Já deu pra imaginar que a estratégia da Kroger é o e-commerce, né. Mas por trás das telas, não é uma operação qualquer. A empresa abriu um armazém automatizado em em Groveland, a 50 km de Orlando, capital da Florida.
O depósito é do tamanho equivalente a oito campos de futebol. Custou 55 milhões de dólares. E boa parte desse dinheiro foi para inteligência artificial.
Quando o cliente fecha o carrinho online, quem corre nas prateleiras pra pegar tudo são robôs. Eles separam as mercadorias compradas e entregam para motoristas (esses sim, pessoas reais), que distribuem pela região. São os robôs também que reabastecem as prateleiras.
Mais de mil robôs Kroger trabalham no armazém high tech. O sistema dessa operação complexa é comparado a uma torre de controle de tráfego aéreo.
A rede de supermercados também quer impressionar no tempo das entregas. A meta - já alcançada em outros projetos, como "Kroger Delivery Now" - é não te deixar mais de 30 minutos esperando pelas compras.
Você só clica, um robô faz o trabalho (chato) nas prateleiras para você.
Inteligência artificial na expansão do varejo
O modelo de negócio é extremamente inovador. Não que robôs já não ajudem no varejo e até na sua casa. Mas uma operação baseada no trabalho deles ainda é para poucos.
Só que a gente já sabe, essa é o modelo do futuro, né? E um futuro já presente, no caso da Kroger. Por isso, a ofensiva tecnológica da companhia - além de ser uma otimização que promete melhorar os resultados financeiros - representa um impulso a outro mercado: o de robôs e inteligência artificial.