Novos alertas sobre o risco de recessão

A economia envia sinais mistos e os analistas se dividem entre otimismo e incerteza.
Uma suspensão parcial das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos trouxe fôlego aos mercados financeiros, impulsionando altas históricas em Wall Street. No entanto, grandes bancos e organismos internacionais alertam que os riscos estruturais ainda não desapareceram. A semana passada refletiu um cenário volátil, em que a euforia de curto prazo convive com alertas de fundo.
Resumo da semana
Wall Street encerra a semana com altas históricas após suspensão temporária de tarifas.
S&P 500 e Nasdaq sobem mais de 8%, liderados por empresas de tecnologia.
JPMorgan, Wells Fargo e BlackRock alertam para possível recessão nos EUA.
FMI classifica o cenário geopolítico como um “risco significativo”.
Europa fecha a semana em queda devido aos efeitos colaterais das tensões comerciais.
Reação dos mercados norte-americanos
O anúncio do presidente Trump de suspender por 90 dias as novas tarifas para a maioria dos países (exceto a China) gerou uma das maiores altas nas bolsas desde 2020. O Nasdaq disparou 12%, o S&P 500 subiu 9,4% e o Dow Jones avançou 8,1%. As empresas de tecnologia lideraram os ganhos, com destaque para Apple, Nvidia e Microsoft.
A recuperação foi interpretada como um sinal de que pode haver espaço para moderação na estratégia comercial do governo. No entanto, analistas alertam que essa reação pode ser passageira caso não ocorram mudanças estruturais.
Bancos emitem alertas
Enquanto os mercados comemoravam, bancos como JPMorgan, Wells Fargo e BlackRock divulgaram seus resultados trimestrais com mensagens claras: a volatilidade comercial, o aperto das condições financeiras e a possível queda no consumo podem levar a economia dos EUA a uma recessão no final de 2025.
Todos concordaram que a confiança empresarial está abalada e que os efeitos das medidas protecionistas podem se intensificar nos próximos trimestres.
Perspectiva internacional
O Fundo Monetário Internacional classificou o cenário geopolítico como um "risco significativo para o crescimento global". Sua diretora, Kristalina Georgieva, fez um apelo por diálogo multilateral e alertou que uma guerra comercial prolongada pode frear o investimento e a geração de empregos em escala global.
Já os mercados europeus não compartilharam o otimismo de Wall Street: o IBEX 35 caiu 0,18% e acumulou queda semanal de 1%. Outros índices europeus também fecharam no vermelho, refletindo o impacto indireto das medidas dos EUA sobre suas exportações e cadeias logísticas.
Análise final
O rali das bolsas nesta semana mostra que o mercado está sensível a qualquer sinal de alívio. No entanto, os alertas de atores importantes não devem ser ignorados. Para as pessoas investidoras, é fundamental manter a calma, evitar decisões impulsivas e reforçar a diversificação, diante de um cenário ainda sujeito a mudanças políticas e econômicas relevantes.
Fontes: El País, BiobioChile, HuffPost, Cadena SER, FMI, CNBC.
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